Artigos Diversos

Aqui serão publicados artigos diversos sobre o cristianismo e a doutrina espírita, para que quem aceda a este espaço fique com um conhecimento mais aprofundado sobre estas matérias, de supremo interesse para compreendermos quem somos, o que fazemos, por que fazemos, como agir para nos aprimorarmos espiritualmente...

A Emergência Mundial: o Amor!

A Humanidade tem realizado, até ao presente, incontestáveis progressos. Os homens, com a sua inteligência, chegaram a resultados que jamais haviam alcançado, sob o ponto de vista das ciências, das artes e do bem-estar material. Resta-lhes ainda um imenso progresso a realizar: o de fazerem que entre si reinem a caridade, a fraternidade, a solidariedade, que lhes assegurem o bem-estar moral.
Kardec, A. (1988). A Génese. Cap. XVIII, item 5. Brasília: FEB.

AÇÃO DOS OBSESSORES CONTRA OS GRUPOS ESPÍRITAS"

(...) Os ocasionadores de perturbações não se encontram somente no meio delas (das Sociedades e das reuniões),mas também no mundo invisível. Assim como há Espíritos protetores das associações, das cidades e dos povos, Es-píritos malfeitores se ligam aos grupos, do mesmo modo que aos indivíduos. Ligam-se, primeiramente, aos mais fra-cos, aos mais acessíveis, procurando fazê-los seus instrumentos e gradativamente vão envolvendo os conjuntos, porisso que anto mais prazer maligno experimentam, quanto maior é o número dos que lhes caem sob o jugo." (O Livro dosMédiuns, Allan Kardec, ítem 340).

Interessados em prosseguir usufruindo dos vícios e do que consideram prazeres, multidão de Espíritos tudo faz para impedir qualquer esforço que vise libertar o ser humano da inferioridade.

Através dos encarnados, têm esses Espíritos possibilidades de sustentar o intercâmbio de energias desequilibrantes. Por isso, lutam por manter as posições conquistadas junto aos homens, como também se empenham em impedir-lhes a renovação para o bem.
Sob esse aspecto, toda e qualquer atividade nobre que tenha por escopo livrar as criaturas humanas do jugo das paixões inferiores será objeto de suas investidas, a fim de obstar-lhe o desenvolvimento. Natural, pois, que os Grupos Espíritas que lidam diretamente com esses irmãos desencarnados sejam alvo de seu assédio, que se mostra especialmente intenso.
Todos nós, lidadores da desobsessão, não ignoramos que somos vigiados atentamente pelos obsessores. Ao nos ligar a algum caso de obsessão, automaticamente passamos a receber as vibrações negativas dos perseguidores invisíveis, que estão atuando na área sob nosso interesse. Somos assim espreitados, analisados, acompanhados. Meticulosamente examinados, eles avaliam a nossa posição espiritual, a sinceridade dos nossos propósitos, a perseverança no bem, o esforço que estamos despendendo para melhorar e, é claro, as brechas que apresentamos. Nossas falhas e deficiências são observadas e aproveitadas por eles. Têm mesmo a intenção declarada de nos tirar do caminho, empregando, para atingir tal intento, todas as armas de que dispõem.
Se estivermos invigilantes, descuidados, ofereceremos campo às mentes desequilibradas que se acercarão de nós e, encontrando desguarnecidas as nossas defesas, terão possibilidades concretas de conseguir o nosso afastamento e de se regozijarem com a nossa queda.
Muitos são os meios usados pelos obsessores, quase todos eles bastante estudados, pois já sabemos que sua ação é organizada. Usam de várias técnicas, insuflando nos integrantes dos grupos as idéias que elaboram. Usam, por exemplo, a idéia do comodismo para afastar as pessoas das reuniões, gerando argumentos do tipo: "as reuniões são boas, mas hoje eu não vou porque trabalhei muito" ou "eu já produzi muito nas reuniões, por isto faltar hoje nao faz mal" ou "eu sou muito assíduo, todo mundo falta, menos eu" ou "estou cansado, vou orar em casa, faz o mesmo efeito", etc.
Procuram disseminar a desconfiança entre os participantes, dando origem a pensamentos desta ordem: "será que falaram isto para mim?"; "acho que estão insatisfeitos comigo"; "acho que não confiam na minha mediunidade", etc.
São muitos, como é fácil de se imaginar, os recursos empregados, ressaltando-se também as manobras no sentido de aguçar o amor-próprio, o melindre, o personalismo, o apego aos pontos de vista pessoais, a vaidade e toda a coorte de deficiências que avassalam o ser humano.
A ação desses obsessores, logicamente, não fica circunscrita aos grupos mediúnicos. Ela se alastra à procura de terreno fértil e o que foi dito para as reuniões vale igualmente para todo o movimento espírita.
Essa a razão pela qual os Benfeitores Espirituais não se cansam de alertar-nos, reiterando a cada dia os apelos à nossa reforma íntima. A maioria de nós ainda somos bastante teóricos, sabendo de cor e salteado páginas, citações, livros, mas pouco conseguindo vivenciar os ensinamentos adquiridos.
Os perseguidores estão cientes disso. Sabem perfeitamente o quanto nos é dificil vencer as paixões que nos escravizam, sobretudo nas ocorrências do cotidiano. É através dessas pequenas brechas que tentam solapar as nossas disposições mais nobres.
E, quando sintonizados em faixas inferiores, envolvidos por essas vibrações, esbarramos com os problemas de que outros companheiros são portadores, deixamos que a nossa inferioridade contumaz assome, surgindo, em conseqüência, os atritos, as rixas, as divergências difíceis de serem contornadas.
Não estamos querendo dizer que não deva haver divergências. Estas são normais. O que desejamos frisar é que devemos vencer o apego aos pontos de vista e opiniões pessoais, os ciúmes e as idiossincrasias que perturbam o entendimento, a fraternidade, a união. E não tenhamos dúvidas: disso se aproveitam os obsessores para fomentar a cizânia.
É admirável, sob todos os aspectos, a presciência de Kardec a esse respeito. Profundo conhecedor da alma humana, legou-nos preciosas advertências às quais deveríamos estar atentos e, sobretudo, sempre predispostos a atendê-las. É do que trata o magistral capítulo 29 de O Livro dos Médiuns - que por si só é um repositório de ensinamentos tão oportunos e atualíssimos que se diria ter sido escrito nos dias de hoje.
Nossa preocupação, pois, deve ser a de sentir e viver os ensinos da Doutrína Espirita, e se alguma competição haja de entre nós existir "outra não deverá ser senão a de fazer cada um maior soma de bem". (Ob. cit., item 349.)
Suely C. Schubert
MODO DE AÇÃO DO OBSESSOR"Sutilmente, a princípio, em delicado processo de hipnose, a idéia obsidente penetra a mente do futuro hóspede que, desguardado ds reservas morais necessárias (...) começa a dar guarida ao pensamento infeliz, incorporando-o às próprias concepções e traumas que vêm do passado, através de cujo comportamento cede lugar à manifestação ingrata e dominadora da alienação obsessiva." (Manoel P.Miranda)
Conscientemente ou inconscientemente, usando ou não de artifício e sutilezas, o obsessor age sempre aproveitando-se das brechas morais que encontra em sua vítima. Os condicionamentos do pretérito são como ímãs a atraí-lo, favorecendo a conexão imprescindível ao processo obsessivo, que tanto pode começar no berço, como na infância ou em qualquer fase da existência daquele que é alvo de seu interesse.
Obsessões existem que, apenas, dão prosseguimento, na Terra, à obsessão preexistente no plano espiritual.
Há casos, em grande número, em que a ação do verdugo espiritual tem início em determinada época, apresentando-se de maneira declarada, ostensiva ou de modo sutil quase imperceptível que vai num crescendo até o ponto em que se caracteriza perfeitamente o problema.
Agindo na "surdina", o obsessor se utiliza de todos os recursos ao seu alcance. Sabe que o domínio que exerce sobre a sua vítima tem as suas raízes nos dramas do passado, em que ambos se enredaram, gerando compromissos de parte a parte. Sente, mesmo que não tenha cultura, instintivamente, que poderá interferir com o seu pensamento na mente daquele a quem persegue e também que a constância, a repetição exercerão uma espécie de hipnose que o medo e o remorso favorecem, conseguindo assim uma sintonia cada vez maior, até a subjugação ou possessão, dependendo da gravidade do caso e das dívidas que envolvem os personagens.
Nem sempre, porém, a ação do obsessor é fria e calculista. Nem sempre ele age com premeditação e com requintes de crueldade. Há obsessões, sim, que apresentam essas características, mas nem todas. Existem aquelas outras em que o algoz atua como que enlouquecido pela dor, pela angústia e sofrimentos. Não tem condições de raciocinar com clareza, sofre até mais que o obsidiado. Sua ação é desordenada, irrefletida e ele sabe apenas que deve ou tem de pedir contas ou se vingar daquele que o tornou infeliz. Não tem noção de tempo, de lugar, às vezes, esqueceu-se do próprio nome, ensandecido pelas torturas que o vitimaram.
Muitos não têm consciência do mal que estão praticando. Podem estar sendo usados por obsessores mais inteligentes e mais cruéis, que os atormentam, enquanto os obrigam a, por sua vez, atormentarem os que são objeto de vingança ou ódio. Obsessores que também são obsidiados.
Via de regra, os obsessores chefiam outros obsessores, que tanto podem ser seus cúmplices por vontade própria ou uma espécie de escravos, dominados por processos análogos aos usados com os obsidiados encarnados.
Esses Espíritos são empregados para garantir o cerco, intensificar a perturbação não só da vítima como dos componentes do seu círculo familiar. Permanecem ao lado destes, acompanham-lhes os passos. Vigiam-lhes os movimentos e têm a incumbência de ocasionar-lhes problemas, mal-estar, confusões, o que conseguirão desde que a criatura visada não se defenda com a luz da prece e o reforço de uma vida edificante, voltada para a prática da caridade e para o desejo constante do bem.
Nos casos mais graves, utilizam-se dos ovóides para vampirização, o que resulta numa questão bastante dolorosa e complexa de ser solucionada.
Os obsessores valem-se dos instantes do sono físico de suas vítimas para intensificarem a perseguição. Nestas ocasiões, mostram-se como realmente são, no intuito de apavorar e exercer com isso maior domínio. Quando já há uma sintonização bem estreita, facilitada sobretudo pela culpa, o remorso e o medo, o obsessor age como dono da situação, levando o perseguido a sítios aterrorizantes, visando desequilibrá-lo emocionalmente, deixando plasmadas na sua mente as visões que tanto amedrontam. Envolvem a vítima com seus fluidos morbíficos e, em certos casos, chegam à posse quase completa desta, através de complicadas intervenções no seu perispírito. Manoel Philomeno de Miranda narra que, em um paciente atormentado por obsessores cruéis, foi implantada "pequena célula fotoelétrica gravada, de material especial, nos centros da memória". Operando no perispírito, realizou o implante, induzindo a vítima a ouvir continuamente a voz dos algozes ordenando-lhe que se suicidasse.
Tais processos denotam imensa crueldade, mas não devem ser motivo de surpresa para nós, pois sabemos que na esfera física quanto na espiritual os homens são os mesmos. Não há também entre nós processos de tortura inconcebíveis? O que vem fazendo o homem em todos os tempos, em todas as guerras e até em tempo de paz, senão tentar aperfeiçoar os métodos de suplício, de modo a torná-los mais requintados, com o fito de provocar dores cada vez mais acerbas em seus semelhantes?
Temos acompanhado os mais diversos casos de obsessão.
E sentimos de perto os dramas que se desenrolam nas sombras, nos círculos íntimos de tantas criaturas que padecem esse afligente problema, porque semanalmente os ouvimos, sentimos, recebemos, durante a reunião de desobsessão, quando nos inteiramos de casos que nos comovem e surpreendem pela complexidade e o inusitado das situações.
Grande número de entidades se manifestam dizem estar em determinado local, ao lado de certa pessoa e que aí são constrangidas a permanecer, tendo inclusive medo de sair, de desobedecer, de serem retiradas, porque o "chefe castiga', não deixa", etc.
Outras se comunicam confessando abertamente foram encarregadas de assustar determinada criatura ou família, e para isto provocam brigas, intrigas, confusões, insuflando idéias desse teor naqueles que se mostram receptivos, envolvendo-os com seus fluidos perturbadores, rindo-se dos resultados, zombando do medo e das preocupações que acarretam. Zombam declaradamente das pessoas, revelando o modo de ação que empregam com a finalidade de se vangloriarem da própria esperteza e infundirem o temor entre os participantes da reunião, visto que também os ameaçam de usar em seus lares os mesmos métodos.
Certa vez, na reunião em que colaboramos, sentimos a presença de um grupo de Espíritos desencarnados entre 15 e 18 anos. Tinham a aparência desses que vemos nas ruas, denominados "pivetes" ou "trombadinhas". Dentre eles comunicou-se uma mocinha desencarnada aos 17 anos, maltrapilha e extremamente zombeteira. Contou-nos que andavam ao léu, pelas ruas, tal como faziam antes, dedicando-se especialmente a entrarem nos lares cujas portas estivessem abertas (e aqui no duplo sentido: físico e espiritual), com a finalidade de provocar desordens e brigas entre os moradores. Isto descrito num linguajar peculiar, com a gíria comumente empregada. Também contou que tinham prazer em usufruir do conforto dessas casas, refestelando-se nas poltronas macias e desfrutando de comodidades que não tiveram em vida. Obviamente isto só era possível nos lares em que, embora havendo conforto material, o ambiente espiritual não diferençava muito do que era próprio a esses "pivetes" desencarnados.
Foi preciso muito amor e carinho de toda a equipe para conscientizá-los de que existia para todos uma vida bem melhor, se quisessem despertar para ela. Que havia ao lado deles pessoas que os amavam e que desejavam aproximar-se para auxiliá-los. E que acima de tudo estava Jesus, o Amigo Maior, que não desampara nenhuma de suas ovelhas.
Como a carência de amor dessas almas fosse bem maior que toda a revolta que os abrasava, aos poucos emocionaram-se com os cuidados e carinho de que foram alvo e, ao final, sob a liderança da jovem que se comunicou - uma espécie de porta-voz do grupo - e que foi também a primeira a se sentir amorosamente confortada, o grupo foi levado, após a prece comovente feita pelo doutrinador.
Durante a comunicação foi-nos possível divisar alguns quadros da vida dessa quase menina, que nasceu, cresceu e viveu em locais que os homens habitualmente denominam "na sarjeta'". Sua desencarnação foi trágica, vitimada pelos maus-tratos de um homem.
Esse pequeno grupo de Espíritos não tinha consciência completa do mal que causavam, embora desejassem fazê-lo, vingando-se da sociedade que sempre os desprezara. Viviam de modo quase semelhante ao que levavam quando na vida material, apenas sentindo-se mais livres e com mais facilidade de ação. Não tinham ciência de que poderia haver para eles um outro tipo de existência, revelando-se-lhes, na reunião, aquele outro caminho: o das bênçãos do Alto em forma de trabalho digno e edificante.
O obsessor poderá valer-se, se for do seu interesse, de grupos semelhantes, visando a acelerar a consecução dos seus planos.
Na quase totalidade dos casos que observamos, o obsessor não age sozinho. Sempre arregimenta companheiros e comparsas que o ajudam e outros que são forçados a colaborar cientes ou não do plano urdido pelo chefe.
Várias obras da literatura mediúnica espírita narram obsessões complexas, mostrando detalhadamente os meios e técnicas empregados pelos verdugos. Em Ação e Reação e Libertação, encontramos, respectivamente, o caso Antônio Olímpio e seu filho Luís, e o de Margarida. Em ambos, atuavam grandes falanges de obsessores. Igualmente no caso da família Soares, da obra Nos Bastidores da Obsessão.
Para que se atenda ao obsidiado, imprescindível socorrer simultaneamente toda a falange de algozes que o cerca. Aos poucos essas entidades menos felizes são atraídas para a reunião de desobsessão, num trabalho de grande alcance e profundidade. Geralmente, quando o chefe se comunica, quase todos os seus prepostos já foram atendidos e encaminhados, o que o torna enfurecido ou desesperado, tentando arregimentar novas forças e ameaçando os membros da reunião, que ele culpa e para os quais transfere parte do seu ódio.
Daí, porque é fundamental que a reunião seja toda ela estruturada na fé inabalável no mais acendrado amor ao próximo, na firmeza e na segurança que une todos os seus integrantes e, especialmente, sob a amorosa orientação de Jesus e dos Mentores Espirituais - que são em verdade o sustentáculo de todo o abençoado ministério socorrista.
Frente a um obsessor cruel e vingativo, que ameaça não só os da equipe encarnada, mas que diz estender o seu ódio aos familiares dos que ali estão presentes, desafiando-os com todos os tipos de agressões verbais (evidentemente sofrendo a necessária censura do médium, que as transmite e que só deixa passar aquilo que o bom-senso permita), mas que ainda assim são de molde a atemorizar os menos afeitos a esses serviços, (É bom que se esclareça que, apesar de a maior parte do trabalho efetivada pela equipe espiritual, o obsessor vai voltar-se contra os encarnados por serem mais vulneráveis, já que não pode fazer o mesmo com os guias e trabalhadores espirituais), unicamente resistem aqueles que estão preparados para tal mister. Os que tenham fé e experiência; que amem esse trabalho e, por conseguinte, tenham amor para doar a esses irmãos infortunados que a dor marcou profundamente; e tenham a mais absoluta convicção no amparo de Jesus através da direção espiritual que orienta todas as ocorrências. E - por que não dizer? - estejam preparados para sofrer e chorar pela dor que asselvaja esses corações e os transforma em seres quase irracionais.
Tão amargurado ódio, tão angustiantes conflitos nos ferem também o coração, que se repleta de amor por eles, verdugos e vítimas, já que também, um dia, perdido nas brumas do passado, padecemos as mesmas inenarráveis torturas, que hoje a Doutrina Espírita veio consolar, explicar e ensinar-nos a curar.
Suely C. Schubert
O ANTÍDOTO"Através do Evangelho, entretanto, encontramos o antídoto eficientecontra a sua proliferação: o amor !..." - Eurípedes Barsanulfo (Semen-tes de Vida Eterna).
Realmente o amor - tal como o Cristo no-lo ensinou - é o único antídoto contra esse mal que grassa de maneira tão avassaladora: a obsessão.
Assim como o corpo necessita respirar, alimentar-se e repousar, a necessidade primordial do Espírito é o AMOR, para se ver curado das enfermidades que o prejudicam,
Quando aprendermos a amar sem reservas, desinteressadamente; quando conseguirmos amar sem exigências, em completa doação; quando houver em nós o amor em toda a sua plenitude, amor que se reparte por toda a Humanidade, então não haverá ódios e malquerenças, guerras e disputas, desafetos e obsessores.
Somente um amor desse quilate conseguirá unir obsessores e obsidiados, terminando com as vinditas, com os sofrimentos e as dívidas.
O Espiritismo veio conclamar-nos ao amor. Veio relembrar aos homens o real significado desse sentimento sublimado que o Evangelho exprime.
Somos almas cansadas de erros e de sombras que vimos cultivando em sucessivas encarnações. A Doutrina Espírita nos oferece meios para superar tudo isto e nos ensina que o caminho é Jesus.
Se queremos o nosso aperfeiçoamento e o dos nossos semelhantes, se anelamos pela melhoria do planeta em que vivemos, devemos começar agora a cultivar o amor em nós, para reparti-lo com todos os seres humanos. Lembrando-nos de que esse aprendizado começa no lar, com o parente difícil, com aqueles que nos fiscalizam, sejam eles encarnados ou não, com o próximo mais próximo que, possivelmente, é o obsessor de ontem, agora reencarnado bem perto de nós.
Por isto, o amor é o antídoto: porque ele nos possibilita a conquista daqueles a quem devemos. E cicatriza todas as ulcerações existentes em nosso mundo interior.
E, assim, redimidos e renovados, estaremos livres para ir ao encontro do amanhã que não tarda.
Suely C. Schubert

Quanto tempo os desencarnados demoram para se desligar do corpo físico?

Que a Luz e paz celestial vos acompanhe!

Em algum momento da nossa vida, já já nos questionamos acerca de quanto tempo os desencarnados demoram para se desligar do corpo físico, do corpo perispiritual.

A resposta é: depende. No mínimo 24 horas, 36 horas. Infelizmente, têm pessoas que demoram anos a fio.

Morte física e desencarne não acontecem na mesma hora. Você morre e fica dentro de você, lá, parado. Você só tira a carne de você dependendo da sua alma, do seu estágio evolutivo, portanto, demora algum tempo.

O indivíduo morre quando o coração deixa de funcionar. O espírito desencarna quando completa total desligamento que pode demorar horas, dias...

Basicamente, o espírito permanece ligado ao corpo enquanto são muitos fortes as nossas impressões físicas.

Os materialistas jamais saem disso, ficam retidos por anos, com esta impregnação fluídica animal dentro deles.

Certamente, os benfeitores espirituais vêm até nós e tentam-nos desligar tão logo nós permitamos, no entanto, não é aconselhável porquanto o desencarne teria dificuldades maiores.

Então, nós temos de aprender que morrer é mais ou menos isso: literalmente, "um vômito" de você mesmo. Desencarnar, ou seja, sai da carne e fica vivo (espírito).

O que aparentemente sugere um castigo para um indivíduo, a morte, não tem nada a ver, na verdade, é um desligamento somente da carne, não obstante, todos não querem ir embora.

Às vezes, vemos uma morte fulminante, um infarto violento, num jovem de 40 anos, por exemplo.

"Que morte maravilhosa, não sofreu nada!" - poderemos pensar.

Ledo engano! É uma morte muito triste! Até mesmo a morte por acidente, é uma morte muito triste! Pessoa com 30, 40 anos, a vitalidade é total, portanto, ela terá problemas ao se desligar, problemas de adaptações. Neste caso, é aconselhável a família fazer preces para esse desencarnado.

Se a causa da morte for um Cancro, por exemplo, em que a pessoa fica em uma cama jogada, poderemos pensar:

"Nossa, que morte horrível! Quanto sofrimento!"

Será? É uma boa morte, paradoxalmente, falando. Doença prolongada é ruim, mas é um tratamento de beleza para o espírito. As dores físicas atuam como inestimável recurso terapêutico para ajustarmos as ilusões deste mundo.

Então, todo doente, por exemplo, há um ano ou 10 anos, o segredo é agradecer: "obrigada/o por esta doença para que eu possa ir melhor para outro mundo, pois já não quero mais este corpo". Quem não vai no amor, vai na dor.

Por isso, quando a morte chega, nós precisamos não ter medo dela, é preciso desapegar, tudo isso aqui é ilusão. Lá, nos outros planos, também têm tudo isso, com menos sofrimento.

Nesta vida, nós temos de ser mansos! Aceitar que nosso corpo envelhece, aceitar que Deus leva um jovem porque Deus não erra!

E na hora da morte, devemos pensar: "eu vou feliz, eu vou-me livrar deste corpo físico feliz?"

Mãe, a presença de Jesus em nossa vida, por Chico Xavier

Quando o Pai Celestial precisou colocar na Terra as primeiras criancinhas, chegou à conclusão de que devia chamar alguém que soubesse perdoar infinitamente.

De alguém que não enxergasse o mal.

Que quisesse ajudar sem exigir pagamento.

Que se dispusesse a guardar os meninos, com paciência e ternura, junto do coração.

Que tivesse bastante serenidade para repetir incessantemente as pequeninas lições de cada dia.

Que pudesse velar, noites e noites, sem reclamação.

Que cantarolasse, baixinho, para adormecer os bebês que ainda não podem conversar.

Que permanecesse em casa, por amor, amparando os meninos que ainda não podem sair à rua.

Que contasse muitas histórias sobre a vida e sobre o mundo.

Que abraçasse e beijasse as crianças doentes.

Que lhes ensinasse a dar os primeiros passos, garantindo o corpo de pé.

Que os conduzisse à escola, a fim de que aprendessem a ler.

Dizem que nosso Pai do Céu permaneceu muito tempo, examinando, examinando... e, em seguida, chamou a Mulher, deu-lhe o título de Mãezinha e confiou-lhe as crianças.

For esse motivo, nossa Mãezinha é a representante do Divino Amor no mundo, ensinando-nos a ciência do perdão e do carinho, em todos os instantes de nossa jornada na Terra. Se pudermos imitá-la, nos exemplos de bondade e sacrifício que constantemente nos oferece, por certo seremos na vida preciosos auxiliares de Deus.

XAVIER, Francisco Cândido. Pai Nosso. Pelo Espírito Meimei. FEB.

O despertar das fontes de energia cósmica

Partilhamos um vídeo que explica como todos o seres humanos estão capacitados, através da energia dos seus centros vitais (chacras), a ativar a Kundalini*.

Embora este não seja um vídeo espirita, a verdade é que no Espiritismo temos visto, muitas vezes, os nossos mentores a trabalhar nos nossos centros vitais.

Assim, deixemos de lado a abordagem cultural diferente da nossa, e aproveitemos o que os bons espíritos têm ensinado aso homens de boa vontade, pelos quatro cantos do mundo, sabendo que, a nível do conhecimento ainda temos todos muito que aprender!

*Kundaliní
"em sânscrito: कुंडलिनी, Kundaliní, é um fenômeno bioelétrico, dito ser uma corrente elétrica que fica concentrada na base da coluna; O termo é feminino, deve ser sempre acentuado e com pronúncia longa no í final. Muitos por a considerarem sagrada, grafam o nome com "K" maiúsculo. O símbolo do caduceu é considerado como uma antiga representação simbólica da fisiologia da Kundalini;

É entendida como um poder espiritual adormecido no osso sacro (cócix) que só pode ser despertado por uma alma realizada de alto nível. Depois do despertar a Kundalini atravessa seis chakras que estão acima. São eles: swadisthana, manipura, anahata, vishuddhi, ajna e Sahasrara.

Ao subir pela coluna vertebral, chega-se ao sétimo centro vital, dando a iluminação ou Nirvana para o discípulo ou ativação da glândula pineal e liberação de endorfinas. Esse processo ocorre somente para pessoas de altíssimo nível espiritual, que estejam preparadas ou para aqueles que recebem essa bênção da Divina Mãe Shri Mataji Nirmala Devi. É o poder espiritual ou físico (dependendo da linhagem esotérica ser espiritualista ou naturalista) primordial ou energia cósmica que jaz adormecida acima do primeiro centro vital, o Muladhara, ficando no osso sacro chamado de Múládhár Chakra, o centro de força situado na base da coluna. É a energia que transita entre os centros vitais que são centros de energia no corpo físico.

Deriva de uma palavra em sânscrito que significa, literalmente, "enrolada como uma cobra" ou "aquela que tem a forma de uma serpente". É a energia do Universo ou chi ou Prana no seu aspeto Purna-Shakti, total, como potencial, sendo o Prana-Shakti o aspeto biológico, ou fisico...

É também tema de estudo no campo da psicologia, em que a reputam de difícil condução com a disciplina e maturidade que são requeridas para esse intento."

Quem foi Jesus para o espiritismo?

Antes de abordarmos quem foi Jesus para a doutrina espírita, vamos relembrar que o espiritismo é uma doutrina cristão. E ainda, realizando uma leitura, um estudo dos livros da codificação entramos em contato com os ensinamentos morais de Jesus Cristo. Por exemplo, a obra O Evangelho Segundo o Espiritismo, nos mostra em 28 capítulos um roteiro seguro para a nossa reforma íntima. Além de abordar, de maneira didática e lógica os pontos do novo testamento

Jesus para o espiritismo

Para a doutrina espírita, Jesus Cristo era um espírito como nós. Porém, em um grau mais alto de evolução, mais longe de nossa realidade. Entretanto, isso não quer dizer que somos inferiores, se fossemos haveria uma distância entre nós e Ele. E não foi isso que ocorreu quando ele encarnou na Terra, já que, havia um vínculo com os cidadãos da época.

E ainda, Jesus não tinha dons sobrenaturais, ele tinha na verdade, capacidade, recurso, inteligência, evolução moral e intelectual.

De acordo com Irmã Eliana, no programa Sem Dúvida, o arquiteto da Terra é Jesus Cristo. E para a doutrina espírita Ele é tudo.

"Nós temos em Jesus, a moral mais elevada que se tem notícia no planeta. Ele é exemplo de humanidade, que cada um de nós poderá alcançar um dia".

Irmã Eliana, completou:

"Ele é esperança para quando nós não temos mais portas. É Ele, quem vai trazer o nome da doutrina para o coração, para a misericórdia, para o novo tempo, para a regeneração.

Para finalizar, Irmã Eliana, disse que Jesus é a voz da regeneração há mais de 2000 mil anos, além de nos chamar para a reconstrução íntima das nossas vidas, de nossos caminhos, dos nossos pensamentos.

"Jesus é o princípio, meio e fim de nossos pensamentos. Ele enviou a doutrina espírita para nós, crendo que ela poderia e poderá fazer um caminho amor com aqueles ensinamentos que ele trouxe do Céu para a Terra, dos mundos sublimes, das colônias espirituais".

Lembre-se sempre de O Livro dos Espíritos:

"Jesus Cristo é o espírito mais puro que veio a terra, com isso é nosso maior guia e modelo a ser seguido".

Publicado por Rádio Boa Nova 

O pão nosso de cada dia dá-nos hoje, por Chico Xavier

A fim de conquistar-nos para os objetivos supremos da perfeição, é imperioso nos reconheçamos na estrada do aprimoramento.

Por semelhante motivo, é natural:

que o pensamento, vezes e vezes, se nos amargure, ante os desenganos e desapontamentos do mundo;

que as emoções se nos desequilibrem, compelindo-nos a grandes obstáculos de conciliação;

que a tentação nos visite, a ponto de acenar-nos com as perspectivas de queda em sofrimentos de longo curso;

que a incompreensão alheia nos agite, impelindo-nos a desajustes e frustrações;

que os conflitos psicológicos se nos acirrem no íntimo, retardando-nos as melhores realizações;

que nos admitamos em erro que só a experiência e o tempo nos auxiliarão a corrigir;

que inúmeras dificuldades nos dificultem os passos para frente...

Mas, diante do socorro que diariamente recebemos, não é natural que desistamos de trabalhar na seara do bem, porque, por piores sejam as circunstâncias, poderemos ouvir a voz da esperança, afirmando-nos que Deus nunca exigiu nos aperfeiçoássemos de um dia para outro, e que, por isso mesmo, Jesus, o Divino Companheiro, nunca nos abandona em caminho.

Pelo Espírito Meimei

XAVIER, Francisco Cândido; BACCELLI, Carlos A.. Juntos Venceremos. Espíritos Diversos. IDEAL.

A orientação espiritual e nossa fé interior, por Chico Xavier

Não viva pedindo orientação espiritual, indefinidamente. Se você já possui duas semanas de conhecimento cristão, sabe, à saciedade, a que fazer.

Não gaste suas energias, tentando consertar os outros de qualquer modo. Quando consertamos a nós mesmos, reconhecemos que o mundo está administrado pela Sabedoria Divina e que a obrigação de cooperar invariavelmente para o bem é nosso dever primordial.

Não acuse os Espíritos desencarnados sofredores, pelos seus fracassos na luta. Repare a ritmo da própria vida, examine a receita e a despesa, suas ações e reações, seus modos e atitudes, seus compromissos e determinações, e reconhecerá que você tem a situação que procura e colhe exatamente o que semeia.

Não recorra sistematicamente aos amigos espirituais, quanto a comezinhos deveres que lhe competem no caminho comum. Eles são igualmente ocupados, enfrentam problemas maiores que os seus, detêm responsabilidades mais graves e imediatas, e você, nas lutas vulgares da Terra, não teria coragem do pedir ao professor generoso e benevolente que desempenhasse funções de ama-seca.

Não espere a morte para solucionar as questões da vida, nem alegue enfermidade ou velhice para desistir de aprender, porque estamos excessivamente distantes do Céu. A sepultura não é uma cigana, cheia do promessas miraculosas, e sim uma porta mais larga do acesso a nossa própria consciência.

XAVIER, Francisco Cândido. Agenda Cristã. Pelo Espírito André Luiz. FEB. Capítulo 18. Edição de Bolso. 

Abraço de filho deveria ser receitado por médico.

Há um poder de cura no abraço que ainda desconhecemos.

Abraço cura ódio. Abraço cura ressentimento. Cura cansaço. Cura tristeza.

Quando abraçamos soltamos amarras. Perdemos por instantes as coisas que nos têm feito perder a calma, a paz, a alma...

Quando abraçamos baixamos defesas e permitimos que o outro se aproxime do nosso coração. Os braços se abrem e os corações se aconchegam de uma forma única.

E nada como o abraço de um filho...

Abraço de Eu amo você. Abraço de Que bom que você está aqui. Abraço de Ajude-me.

Abraço de urso. Abraço de Até breve. Abraço de Que saudade!

Quando abraçamos, a felicidade nos visita por alguns segundos e não temos vontade de soltar.

Quando abraçamos somos mais do que dois, somos família, somos planos, somos sonhos possíveis.

E abraço de filho deveria, sim, ser receitado por médico pois rejuvenesce a alma e o corpo.

Estudos já mostram, com clareza, os benefícios das expressões de carinho para o sistema imunológico, para o tratamento da depressão e outros problemas de saúde.

O abraço deixou de ser apenas uma mera expressão de cordialidade ou convenção para se tornar veículo de paz e símbolo de uma nova era de aproximação.

Se a alta tecnologia - mal aproveitada - nos afastou, é o abraço que irá nos unir novamente.

Precisamos nos abraçar mais. Abraços de família, abraços coletivos, abraços engraçados, abraços grátis.

Caem as carrancas, ficam os sorrisos. Somem os desânimos, fica a vontade de viver.

O abraço apertado nos tira do chão por instantes. Saímos do chão das preocupações, do chão da descrença, do chão do pessimismo.

É possível amar de novo, semear de novo. É possível renascer.

E os abraços nos fazem nascer de novo. Fechamos os olhos e quando voltamos a abri-los podemos ser outros, vivendo outra vida, escolhendo outros caminhos.

Nada melhor do que um abraço para começar o dia. Nada melhor do que um abraço de Boa noite.

E, sim, abraço de filho deveria ser receitado por médico, várias vezes ao dia, em doses homeopáticas.

Mas, se não resistirmos a tal orientação, nada nos impede de algumas doses únicas entre essas primeiras, em situações emergenciais.

Um abraço demorado, regado pelas chuvas dos olhos, de desabafo, de tristeza ou de alívio.

Um abraço sem hora de terminar, sem medo, sem constrangimento.

Medicamento valioso, de efeitos colaterais admiráveis para a alma em crescimento.

* * *

Mas, se os braços que desejamos abraçar estiverem distantes? Ou não mais presentes aqui? O que fazer?

Aprendamos a abraçar com o pensamento.

O pensamento e a vontade criam outros braços e nossos amores se sentem abraçados por nós da mesma forma.

São forças que ainda conhecemos pouco e que nos surpreenderão quando as tivermos entendido melhor.

Abraços invisíveis a olho nu, mas muito presentes e consoladores para os sentidos do Espírito imortal, que somos todos nós.


Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 27, ed. FEP.
Em 30.3.2015.

Abramos nossos corações 

Ele era um detetive muito conceituado. Era tido como uma pessoa extremamente meticulosa, observadora, chegando sempre aos resultados aguardados.

Ele mesmo tinha absoluta confiança em si próprio, graças aos resultados excelentes de suas empreitadas.

Era, portanto, alguém muito seguro de si.

Foi com essa disposição que, a pedido de um cliente, passou a seguir os passos da esposa. Mulher jovem, bonita, costumava sair quase todas as tardes.

Dizia o marido que, casados há poucos anos, haviam tentado ter filhos. Da primeira vez, a esposa perdera o bebê, no terceiro mês de gravidez.

Na segunda, chegara ao quarto mês, quando a gestação sofrera uma interrupção espontânea. A terceira tentativa também não fora exitosa.

Se isso tornara o marido amargurado, levara a jovem esposa para a melancolia.

Na tentativa de sair desse caminho perigoso, ela passou a ter aulas de música, o que, verdadeiramente, lhe fez muito bem.

Aquelas horas que ela ficava com a mestra e as posteriores, em que se exercitava ao instrumento, passaram a lhe deixar contornos de harmonia e até um pequeno toque de alegria.

Contudo, quando ela começou a falar com seus bebês mortos, o marido achou que a influência da mestra e da música lhe estavam fazendo mal.

De imediato, proibiu as aulas e a continuidade dos estudos musicais.

Ela ficou privada do que lhe dava tanto conforto à alma.

E quando suplicou que fossem feitas pequenas lápides de mármore com o nome dos seus bebês, para que tivesse um lugar para falar com eles, também lhe foi negado.

O detetive descobriria que ela simplesmente se sentava em um jardim, para ouvir a música vinda de um conservatório.

Aproximou-se, porque a vira adquirir certa dose de substância letal e temeu que ela se matasse.

Ela se desfez da droga, depois da insistência dele. Imaginou ele que estava tudo resolvido.

Entretanto, no dia seguinte, o jornal trazia a notícia da jovem esposa que se matara, andando ao encontro do trem.

Aquilo o abalou de forma inusitada. Sentiu-se culpado. Sim, ela lhe contara seu drama: como o marido lhe proibira a alegria da música, como a acreditava louca por falar com seus bebês, como rejeitara a ideia de conseguir um local para ela prantear as crianças...

E o que ele fizera? Dissera que voltasse para o marido, dizendo que deveria tentar superar tudo isso.

Simplesmente assim...

* * *

As estatísticas apontam que, de cada dez suicídios, nove poderiam ter sido evitados.

Será que temos estado atentos aos que nos cercam: familiares, amigos, colegas, conhecidos?

Tenhamos sempre abertos nossos ouvidos e nosso coração para os que nos desejam fazer partícipes das suas agruras.

Tenhamos nosso coração aberto para acolher as almas sofridas que nos pedem auxílio com palavras, com olhares, com gestos.

Estejamos sempre prontos para ouvir, para acolher.

Há muita fome no mundo. E a maior de todas as fomes é a de afeto, de acolhimento, de compreensão.

Abramos nosso coração. Tantos esperam por nós!

Redação do Momento Espírita, com base em cenas do filme Mr. Holmes, de Bill Condon.
Em 6.11.2018.


O que você está pedindo a Jesus?, por Chico Xavier


"Jesus, porém, respondendo, disse: Não sabeis o que pedis." - (MATEUS, capítulo 20, versículo 22.)

A maioria dos crentes dirige-se às casas de oração, no propósito de pedir alguma coisa.

Raros os que aí comparecem, na verdadeira atitude dos filhos de Deus, interessados nos sublimes desejos do Senhor, quanto à melhoria de conhecimentos, à renovação de valores íntimos, ao aproveitamento espiritual das oportunidades recebidas de Mais Alto.

A rigor, os homens deviam reconhecer nos templos o lugar sagrado do Altíssimo, onde deveriam aprender a fraternidade, o amor, a cooperação no seu programa divino. Quase todos, porém, preferem o ato de insistir, de teimar, de se imporem ao paternal carinho de Deus, no sentido de lhe subornarem o Poder Infinito. Pedinchões inveterados, abandonam, na maior parte das vezes, o traçado reto de suas vidas, em virtude da rebeldia suprema nas relações com o Pai. Tanto reclamam, que lhes é concedida a experiência desejada.

Sobrevêm desastres. Surgem as dores. Em seguida, aparece o tédio, que é sempre filho da incompreensão dos nossos deveres.

Provocamos certas dádivas no caminho, adiantamo-nos na solicitação da herança que nos cabe, exigindo prematuras concessões do Pai, à maneira do filho pródigo, mas o desencanto constitui-se em veneno da imprevidência e da irresponsabilidade.

O tédio representará sempre o fruto amargo da precipitação de quantos se atiram a patrimónios que lhes não competem.

Tenhamos, pois, cuidado em pedir, porque, acima de tudo, devemos solicitar a compreensão da vontade de Jesus a nosso respeito.

XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 65.

DEUS RESPONDE ÀS ORAÇÕES?

Deus ama-te e quer que tu Lhe tragas as tuas preocupações. No entanto, há duas coisas que impedem que Deus te dê o que Lhe pedes em oração: o pecado, ou pedir algo que não é da Sua vontade.

Deus sabe o que é melhor para ti, mas porque o pecado te separa d'Ele, tens de buscar o perdão através do Seu Filho, Jesus Cristo. Se o fizeres, a barreira é removida e Deus vai responder às tuas orações.

Queres ter um relacionamento pessoal com Jesus? Continua a ler os 4 Passos para a Paz


1. Deus ama-te e tem um propósito para ti!

A Bíblia diz: "Deus amou de tal modo o mundo que entregou o seu Filho único [Jesus Cristo], para que todo o que nele crer não se perca, mas tenha a vida eterna." (Evangelho de João 3:16) Jesus disse: "... eu vim para dar vida, e com abundância." (João 10:10) - uma vida completa e com um propósito. Mas há um problema:

2. O Homem é pecador e está separado de Deus

Todos fizemos, pensamos ou dissemos coisas erradas, a que a Bíblia chama "pecado". A Bíblia diz: "Todos pecaram e estão privados da glória de Deus." (Romanos 3:23). O resultado do pecado é a morte, a separação espiritual de Deus (Romanos 6:23). As boas notícias são:

3. Deus enviou o seu Filho para morrer pelos teus pecados!

Jesus morreu no nosso lugar para que pudéssemos viver com Ele eternamente. "Mas Deus prova o seu amor para connosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores." (Romanos 5:8). Mas a Sua morte na cruz não foi o fim. Ele ressuscitou e está vivo hoje! "Cristo morreu pelos nossos pecados,... foi sepultado, e três dias depois ressuscitou dos mortos, conforme as Escrituras." (1 Coríntios 15:3-4). Jesus é o único caminho para Deus. Jesus disse, "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim" (João 14:6).

4. Queres receber o perdão de Deus?

Não podemos ganhar a salvação; somos salvos pela graça de Deus quando colocamos a nossa fé no Seu Filho, Jesus Cristo. Tudo o que precisas fazer é admitir que és um pecador, crer que Cristo morreu pelos teus pecados, e pedir o Seu perdão. Ele conhece-te e ama-te. Para Ele importa a atitude do teu coração e a tua honestidade. Sugerimos-te que faças uma oração como esta para receber Jesus como teu Salvador:

"Senhor Jesus Cristo,

Estou arrependido das coisas erradas que tenho feito na minha vida. Peço o teu perdão e deixo agora todas essas coisas. Te agradeço por teres morrido na cruz por mim para me libertar dos meus pecados. Peço que entres na minha vida e me enchas com o teu Espírito Santo, para estares comigo para sempre. Muito obrigado Senhor Jesus. 

Que assim seja!

Você está conseguindo manter seu domínio espiritual?, por Chico Xavier

"Não estou só, porque o Pai está comigo." - Jesus. (JOÃO, capítulo 16, versículo 32.)

Nos transes aflitivos, a criatura demonstra sempre onde se localizam as forças exteriores que lhe subjugam a alma.

Nas grandes horas de testemunho, no sofrimento ou na morte, os avarentos clamam pelas posses efêmeras, os arbitrários exigem a obediência de que se julgam credores, os supersentimentalistas reclamam o objeto de suas afeições.

Jesus, todavia, no campo supremo das últimas horas terrestres, mostra-se absoluto senhor de si mesmo, ensinando-nos a sublime identificação com os propósitos do Pai, como o mais avançado recurso de domínio próprio.

Ligado naturalmente às mais diversas forças, no dia do Calvário não se prendeu a nenhuma delas.

Atendia ao governo humano lealmente, mas Pilatos não o atemoriza.

Respeitava a lei de Moisés; entretanto, Caifás não o impressiona.

Amava enternecidamente os discípulos; contudo, as razões afetivas não lhe dominam o coração.

Cultivava com admirável devotamento o seu trabalho de instruir e socorrer, curar e consolar; no entanto, a possibilidade de permanecer não lhe seduz o espírito.

O ato de Judas não lhe arranca maldições.

A ingratidão dos beneficiados não lhe provoca desespero.

O pranto das mulheres de Jerusalém não lhe entibia o ânimo firme.

O sarcasmo da multidão não lhe quebra o silêncio.

A cruz não lhe altera a serenidade.

Suspenso no madeiro, roga desculpas para a ignorância do povo.

Sua lição de domínio espiritual é profunda e imperecível. Revela a necessidade de sermos "nós mesmos", nos transes mais escabrosos da vida, de consciência tranqüila elevada à Divina Justiça e de coração fiel dirigido pela Divina Vontade.

XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 170.

Espiritismo e o livre arbítrio no plano terreno
Primeiramente, o espiritismo revela que Deus é a causa primária de todas as coisas. Com a sua bondade e amor infinitos, logo, Ele criou as leis divinas que iniciam nossa jornada rumo à evolução.
Na questão 132, do "O Livro dos Espíritos", Allan Kardec pergunta sobre qual é o objetivo da encarnação. Assim, os espíritos de luz respondem: " A lei de Deus lhes impõe a encarnação com o objetivo de fazê-los chegar à perfeição".
Podemos ver que a doutrina espírita propõe mostrar um caminho de livres escolhas por meio das sucessivas encarnações para chegarmos à perfeição. Com isso, temos infinitas chances de construir o nosso futuro por meio de nossos pensamentos e ações. São escolhas de acordo com o que estamos a passar no momento.
Entendendo o livre arbítrio na prática
Precisamos entender o que fazer com essa liberdade. Com isso, muitas pessoas, ao passar por desafios, questionam se eles não seriam impostos como um "castigo" por Deus.
Na questão 258 do "O Livro dos Espíritos", Kardec pergunta se no estado errante, antes de nova existência corpórea, o Espírito tem consciência e previsão do que lhe vai acontecer durante a vida.
Desta forma, os espíritos de luz respondem: "Ele mesmo escolhe o género de provas que deseja sofrer; nisto consiste o seu livre-arbítrio".
O que o espiritismo diz sobre o livre arbítrio é que fazemos escolhas das principais circunstâncias que vamos passar na terra. Em síntese, reencarnando, nós esquecemos dessas situações e, assim, fazemos as nossas opções com base no que queremos aprender.
Além disso, reparemos no que diz a obra dos espíritos sobre a visão que devemos ter do livre arbítrio e os desafios enfrentados:
"Nada acontece sem a permissão de Deus, porque foi ele quem estabeleceu todas as leis que regem, o Universo. Sob este ponto de vista, perguntareis agora por que ele fez tal lei em vez de tal outra! Dando ao Espírito a liberdade de escolha, deixa-lhe toda a responsabilidade dos seus atos e das suas conseqüências; nada lhe estorva o futuro; o caminho do bem está à sua frente, como o do mal. Se um perigo vos ameaça, não fostes vós que o criastes, mas Deus; tivestes, porém, a vontade de vos expordes a ele, porque o considerastes um meio de adiantamento; e Deus o permitiu".

O que é o Espiritismo?


Para começar a falar de Espiritismo, vamos esclarecer que o termo foi usado pela primeira vez por Allan Kardec na obra O Livro dos Espíritos.

Antes disso, usavam-se termos como Espiritualismo e Neo-Espiritualismo e, embora os fatos espíritas sempre tenham existido, eram interpretados das mais diversas maneiras, muitas delas sob o prisma do misticismo, da superstição e do sobrenatural.

Para obter a resposta mais completa à pergunta acima formulada, é necessário que se recorra ao O Livro dos Espíritos, que é o próprio delineamento, núcleo central e, ao mesmo tempo, arcabouço geral da Doutrina Espírita.

Examinando este livro, em relação às demais obras de Kardec que completam a Codificação, veremos que todas elas partem das bases de O Livro dos Espíritos. As ligações de conteúdo entre esses livros, quais sejam, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Livro dos Médiuns, A Gênese, O Céu e o Inferno, deixam perceber que a Codificação se apresenta como um todo homogêneo e conseqüente.

Após 150 anos de sua publicação, O Livro dos Espíritos continua sendo tão sólido e atual como nos primeiros dias, sem ter sido abalado pelo progresso tecnológico das ciências materiais do mundo porque, como diz Kardec, o Espiritismo é uma doutrina progressista e aberta.

É Ciência, porque se trata de um conjunto organizado de conhecimentos relativos a certas categorias de fatos ou fenômenos analisados empiricamente, catalogados e relatados por seus pesquisadores, representado pelo O Livro dos Médiuns. Diz Kardec, "a fé sólida é aquela que pode encarar a razão, face a face."

É Filosofia, quando, inserido no contexto filosófico tradicional, embora de cunho evolucionista e metafísico, pontua a necessidade do homem ir em busca de seu autoburilamento, estimulando-o à averiguação de respostas às questões magnas da Humanidade: sua natureza, sua origem e destinação, seu papel perante a Vida e o Universo. Diz Kardec, "nascer, viver, morrer e renascer de novo, progredindo sempre, tal é a lei."

É Religião, porque tem o dom de unir os povos em um ideal de fraternidade, preconizado por Jesus de Nazaré, permitido, dessa forma, que o homem se encontre com o próprio Criador. Diz Kardec, "fora da caridade não há salvação."

Espiritismo

A vasta literatura que atualmente nos é oferecida, mostra que a nossa época está muito desenvolvida no campo da intelectualidade e do conhecimento geral.

Dentro deste contexto, a palavra Espiritismo, parece ter-se diluído no mar das verdades que há muito esta Doutrina vem ensinando.

Embora ainda não seja de compreensão geral, já não se verifica o espanto de antigamente, quando esclarecimentos espíritas são citados.

É interessante verificar que está acontecendo, exatamente, o que foi previsto por Kardec há quase cento e cinqüenta anos.

Sob diferentes enfoques, encontramos a realidade dos postulados espíritas, apresentados e discutidos por estudiosos de diversas áreas, fazendo renascer questões que a Doutrina Espírita sempre movimentou.

Apesar de todos os questionamentos a respeito deste assunto, poucos se preocupam ou sequer pensam como, realmente, será a continuidade do nosso existir após a desencarnação. Em geral, a maioria se contenta com uma explicação ilusória sem lógica ou confirmação.

Somente, a Doutrina Espírita, com sua função esclarecedora, consegue nos mostrar os horizontes da vida espiritual.

Como roteiro seguro deste assunto, gostaríamos de lembrar o excelente livro "Voltei", psicografado por Francisco Cândido Xavier, e ditado pelo Espírito Irmão Jacob, onde encontramos um relato muito claro da passagem para o Mundo Espiritual e os primeiros momentos do Espírito no seu retorno à pátria verdadeira.

A Palingenesia que significa novo nascimento ou nascer de novo, é crença muito antiga, que acompanha o homem desde que ele passou a adotar rituais religiosos. Acredita-se que foi na Índia que primeiro se estabeleceu a idéia de Reencarnação, tornando-se dogma em todas as religiões do antigo oriente.

No decurso da História, vamos encontrar Pitágoras no séc. VI a. C., trazendo para a Grécia os conceitos que aprendera no Egito e na Pérsia. O sentido da reencarnação manteve-se na filosofia grega através da doutrina de Sócrates e Platão. No mundo antigo, a reencarnação era tida como realidade inquestionável e da qual não se duvidava. Kardec também diz (O Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. IV), que a reencarnação fazia parte dos dogmas judeus.

Jesus em várias ocasiões se referiu à reencarnação e seu diálogo com Nicodemos, não deixa dúvida quanto à necessidade do homem renascer para dar cumprimento à lei de causa e efeito, maravilhoso ditame da justiça Divina.

Depois da estadia do Mestre Jesus entre nós, durante certo tempo, permaneceu bem acesa a verdade da reencarnação, mas, interesses religiosos e políticos, acabaram interferindo nessa crença e confundindo muitas das questões bíblicas que tratavam do assunto.

Mas, hoje, vemos a humanidade, através do estudo e da pesquisa cientifica, aproximar-se da verdade espiritual, reatando o fio dos primórdios tempos, para fazer renascer a verdade da reencarnação , tão atingida no seio da humanidade. Texto 2 - por Maria Lourdes

Brasil e o Espiritismo

Em meados da década de 1860, a cidade de Salvador conheceu uma explosão espírita de que não há paralelo no Brasil. As obras de Kardec, lidas em francês, eram discutidas apaixonadamente nas classes mais cultas."É assim que Ubiratan Machado coloca em seu livro Os Intelectuais e o Espiritismo como chegou ao nosso país a Doutrina Espírita. E continua sendo apenas estudada pela Corte e como privilégio dos que conheciam o idioma francês. Mas foi em 1865 que realmente oficializou-se o Espiritismo com a fundação do 1º Centro Espírita de conhecimento público, do país, sob a direção do Dr. Luiz Olímpio Teles de Menezes, na cidade de Salvador, O Grupo Familiar do Espiritismo. No ano seguinte, Dr. Menezes publicou sua tradução da Filosofia Espiritualista, uma seleção de trechos de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.

Ao mesmo tempo, em São Paulo, a Tipografia Literária editava outro livro do Codificador. "O Espiritismo reduzido a sua mais simples expressão" , sem indicação de tradutor.

A primeira conseqüência do trabalho de Luís Olímpio era muito clara, o público que não conhecia o francês começou a ler com bastante interesse a filosofia espírita.

A Segunda conseqüência foi a reação do clero, que começou a falar nos púlpitos sobre os malefícios da nova doutrina e em seguida lançou uma Carta Pastoral, datada de 16 de junho, mas só divulgada a 25 de julho de 1867. Essa Carta em forma de opúsculo acusava violentamente o Espiritismo com inverdades, ocasionando uma série de debates entre Luiz Olímpio e o padre Juliano José de Miranda.

E evidentemente o ponto mais ardoroso era a reencarnação. Encerrou-se finalmente depois de longo tempo quando o padre sabendo que Luiz Olímpio era católico de nascimento, resolveu a questão dizendo que "Espiritismo e Catolicismo são a mesma Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo".

No ano de 1875 a Livraria Garnier lançava a sua primeira tradução de uma obra de Allan Kardec para o Brasil, O Livro dos Espíritos, pelo médico fluminense Dr. Joaquim Carlos Travassos; que foi também o tradutor do O Céu e o Inferno e O Livro dos Médiuns.

Esses são apenas alguns dados extraídos da belíssima obra Os Intelectuais e o Espiritismo em que podemos encontrar o início do movimento Espírita Brasileiro e a necessidade imperiosa dele florescer no Brasil. Os espíritos de Bezerra de Menezes, Humberto de Campos e tantos outros nos trazem mensagens sobre a necessidade de divulgação do Espiritismo no solo pátrio e inclusive em outros países. A mensagem espírita representa a presença de Jesus entre nós, quando afirmou que enviou o Consolador "para que fique eternamente convosco o Espírito da Verdade, a quem o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece. Mas, vós o conhecereis, porque ele ficará convosco e estará em vós. Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito." (João, XIV: 15 a 17; 26).

Por Ana Gaspar

Linda era uma modelo famosa. Requisitada e disputada, conseguia contratos milionários. Apesar do dinheiro, da fama e da beleza, ela não era feliz.

Sentia um imenso vazio por dentro. Sofria de pavor, ansiedade e insônia. Pensou em tomar medicamentos. Alguns amigos aprovaram, outros não.

Ela decidiu procurar outras terapias. Assinou contratos que jamais havia sonhado. Trabalhava muito, mas continuava atormentada.

Um dia, pela manhã, indo de carro para o trabalho, pelo caminho costumeiro, o trânsito parou. Um guarda estava desviando todo o trânsito para uma ruazinha estreita, porque um encanamento havia se rompido na avenida principal.

Dirigindo lentamente pela rua desconhecida, ela passou em frente a uma igreja. Um cartaz, escrito à mão, dizia: Sem Deus não há paz. Conheça Deus, conheça a paz. Todos são bem-vindos.

Ela achou estranho e seguiu em frente. No dia seguinte, fazendo o mesmo trajeto, o trânsito parou. Um incêndio em uma loja fez com que, outra vez, o trânsito fosse desviado por aquela mesma ruazinha.

De novo! - Pensou linda. E passou outra vez pela igreja. Lá estava o cartaz, que agora lhe pareceu atraente.

De dentro do carro, espiou o interior da igreja.

No terceiro dia, ela pensou em mudar de trajeto. Mas achou que estava sendo muito boba. Afinal, qual era a probabilidade de, em três dias seguidos, acontecer o desvio do trânsito, no mesmo local?

Vai ser um teste, pensou. Se acontecer alguma coisa e o trânsito for desviado, vou ter certeza de que é um sinal.

Quando ela chegou na avenida, lá estavam os policiais outra vez. Um grande acidente, explicou um deles, desviando o trânsito, para a já conhecida ruazinha.

É demais! - Falou Linda, consigo mesma. Estacionou o carro e entrou na igreja. Lá dentro, havia apenas um padre. Ele ergueu os olhos, olhou para ela com um sorriso e perguntou:

Por que demorou tanto? - Ele havia visto o carro de Linda passar ali nos três dias. Eles conversaram muito e como resultado, Linda passou a frequentar a pequena igreja.

Encontrou a paz e a serenidade que buscava. Exatamente como dizia o cartaz. Ela precisava de Deus na sua vida. E, sem dúvida, fora Deus que providenciara para que, de alguma forma, ela entendesse que precisava voltar-se para Ele, alimentar o seu espírito com a fé, a esperança e o amor.

* * *

A Providência Divina sempre se faz presente em nossas vidas. Ocorre que, por vezes, não estamos com olhos e ouvidos atentos para perceber e entender.

Filhos bem-amados do Criador, não podemos esquecer de buscar o amparo desse Pai amoroso e bom, para que nEle encontremos o nosso refúgio seguro.

Muitos O procuram nas igrejas, nos templos. Outros, nos livros. Alguns tentam o coração do próximo para ver se ali descobrem Deus.

Em verdade, muitos são os caminhos, mas o encontro verdadeiro se dá portas adentro do nosso coração.

Redação do Momento Espírita, com base na história
Linda Valentine, do livro Pequenos milagres, de
Yitta Halberstam e Judith Leventhal, ed. Sextante.
Em 4.1.2018.

A paz é um dos tesouros mais desejados nos dias atuais. Muito se tem investido para se conseguir um pouco desse bem tão precioso.

Mas, será que nós, individualmente, temos feito investimentos efetivos visando tal conquista?

O que geralmente ocorre é que temos investido nossos esforços na direção contrária, e de maneira imprópria.

É muito comum se desejar a paz e buscá-la por caminhos tortos, que acabam nos distanciando dela ainda mais.

O Espírito Emmanuel, através da mediunidade de Chico Xavier, escreveu, certa feita, uma mensagem que intitulou Ação de paz:

Aflição condensada é semelhante à bomba de estopim curto, pronta a explodir a qualquer contato esfogueante.

Indispensável saber preservar a tranquilidade própria, de modo a sermos úteis na extinção dessa ou daquela dificuldade.

Decerto que, para cooperar no estabelecimento da paz, não nos seria lícito interpretar a calma por inércia.

Paciência é a compreensão que age sem barulho, em apoio da segurança geral.

Refletindo com acerto, recebe a hora de crise sem qualquer ideia de violência, porque a violência sempre induz ao estrangulamento da oportunidade de auxiliar.

Diante de qualquer informação desastrosa, busca revestir-te com a serenidade possível para que não te transformes num problema, pesando no problema que a vida te pede resolver.

Não afogues o pensamento nas nuvens do pessimismo, mentalizando ocorrências infelizes que, provavelmente, jamais aparecerão.

Evita julgar pessoas e situações em sentido negativo para que o arrependimento não te corroa as forças do Espírito.

Se te encontras diante de um caso de agressão, não respondas com outra agressão, a fim de que a intemperança mental não te precipite na vala da delinquência.

Pacifica a própria sensibilidade, para que a razão te oriente os impulsos.

Se conservas o hábito de orar, recorre à prece nos instantes difíceis, mas se não possuis essa bênção, medita suficientemente antes de falar ou de agir.

Os impactos emocionais, em qualquer parte, surgem na estrada de todos; guarda, por isso, a fé em Deus e em ti mesmo, de maneira a que não te afastes da paz interior, a fim de que nas horas sombrias da existência possa a tua paz converter-se em abençoada luz.

As palavras lúcidas de Emmanuel nos sugerem profundas reflexões em torno da nossa ação diária.

Importante que, na busca pela paz, não venhamos a ser causadores de desordem e violência.

Criando um ambiente de paz na própria intimidade, poderemos colaborar numa ação efetiva para que a paz reine em nosso lar, primeiramente, e, depois possa se estender mundo afora.

Se uma pessoa estiver permanentemente em ação de paz, o mundo à sua volta se beneficiará com essa atitude.

E se a paz mundial ainda não é realidade em nosso planeta, façamos paz em nosso mundo íntimo. Essa atitude só depende de uma única decisão: a nossa.

* * *

A nossa paz interior é capaz de neutralizar o ódio de muitas criaturas.

Se mantivermos acesa a chama da paz em nossa intimidade, então podemos acreditar que a paz mundial está bem próxima.

Porque, na verdade, a paz do mundo começa no íntimo de cada um de nós.

Redação do Momento Espírita, com base em mensagem do livro Urgência, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, ed. GEEM.
Em 17.6.2013.

O que fazer neste momento Jesus?, por Chico Xavier

"Que farei?" Paulo (Atos dos Apóstolos, 22:10)

Milhares de companheiros aproximam-se do Evangelho para o culto inveterado ao comodismo.

Como dominarei? - interrogam alguns.

Como descansarei? - indagam outros.

E os rogos se multiplicam, estranhos, reprováveis, incompreensíveis...

Há quem peça reconforto barato na carne, quem reclame afeições indébitas, quem suspire por negócios inconfessáveis e quem exija recursos para dificultar o serviço da paz e do bem.

A pergunta do apóstolo Paulo, no justo momento em que se vê agraciado pela Presença Divina, é padrão para todos os aprendizes e seguidores da Boa Nova.

O grande trabalhador da Revelação não pede transferência da Terra para o Céu e nem descamba para sugestões de favoritismo ao seu círculo pessoal.

Não roga isenção de responsabilidade, nem foge ao dever da luta.

Que farei? disse a Jesus, compreendendo o impositivo do esforço que lhe cabia.

E o Mestre determina que o companheiro se levante para a sementeira de luz e de amor, através do próprio sacrifício.

Se foste chamado à fé, não recorras ao Divino Orientador suplicando privilégios e benefícios que justifiquem tua permanência na estagnação espiritual.

Procuremos com o Senhor o serviço que a sua Infinita Bondade nos reserva e caminharemos, vitoriosos, para a sublime renovação.

XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 112.

Os problemas dos outros estão te afetando?, por Chico Xavier

No que se refere à inquietação, às vezes os problemas que nos atingem não são propriamente nossos, mas dos outros.

Estaremos em paz de consciência, todavia, entes amados terão assumido compromissos graves, suscitando-nos desajuste e insegurança.

Possuímos, por enquanto, o nome inatacado; no entanto, criaturas profundamente ligadas a nós surgem sofrendo o assédio da injúria, com ou sem razão, impelindo-nos ao desejo de preservá-las contra as pedras que lhes dilapidam a imagem.

Com o amparo de certas escoras morais, conseguimos sustentar-nos relativamente livres, quanto aos arrastamentos do coração; entretanto, afligimo-nos, como é justo, por almas abençoadas de nosso convívio que aparecem na arena das lutas afetivas, suportando conflitos difíceis de carregar.

Sob a proteção de facilidades transitórias que nos resguardam a segurança, acalentamos a própria resistência, diante das tentações que nos enxameiam a estrada, mas entes queridos haverão tombado em delinqüência, impulsionando-nos ao anseio de ajudá-los na recuperação da própria paz.
Como, porém, auxiliá-los de nossa parte?

Saberíamos, porventura, orientar-lhes o tratamento restaurador se ignoramos toda a extensão e conteúdo da influência que os precipitou na sombra mental em que se debatem? E como poderíamos julgá-los se lhes desconhecemos o drama comovedor, desde o princípio?

Seria desumano golpear a ferida, sob o pretexto de socorrer o doente, e não seria lógico traçar diretrizes em territórios acerca dos quais não possuímos ainda qualquer experiência.

Ante os problemas daqueles que nos rodeiam, contudo, podemos ouvi-los com paciência e caridade, doando-lhes esperança e consolo. E, acima de tudo, cabe-nos recordar que a luz da Divina Providência está em nós, tanto quanto neles, e que, por isso mesmo, o máximo auxílio que nos será lícito prestar-lhes será sempre respeitar-lhes as escolhas e decisões, orando por eles e rogando à mesma Providência Divina os guie e esclareça, ampare e ilumine, reconhecendo que, no íntimo das próprias vidas, são todos eles tão
livres e responsáveis, diante de Deus, quanto nós.

Leitura do Livro: Rumo Certo
Escrito por: Francisco Cândido Xavier, Chico Xavier
Ditado por: Emmanuel
Capítulo 43 - Problemas dos Outros

CADA DIA 

A pregação não resulta de simples operação verbal.
Nossa vida está "falando sem palavras" em todas as circunstâncias.
Você dá testemunhos do próprio íntimo, em toda parte:
Em casa - no seu modo de agir.
Junto da multidão - no seu trato com os outros.
No serviço comum - no uso da posição em que se encontra.
Nas manifestações da fé - em seus propósitos.
Na alegria - através da conduta.
No sentimento - na capacidade de resistir.
Na luta - por intermédio da perseverança.
Na dificuldade - no poder de concentrar-se na direcção do êxito.
No estudo - no aproveitamento.
No ideal - na aplicação à actividade.
Nas profundezas do coração - pelo auto-domínio.
Cada dia é uma oportunidade desvendada à vitória pessoal, em cuja preparação, falamos seguidamente de nós mesmos.
Lembre-se, porém, de que muita gente se vale dos recursos da acção, da habilidade, do encargo, da persistência, da concentração, da cultura intelectual e da relativa independência, pregando o triunfo isolado da inteligência para reinar sobre os interesses da carne, durante alguns dias; os aprendizes de Jesus, entretanto, usam semelhantes poderes, na renovação do próprio espírito, aprendendo com a renúncia, com o trabalho, com a tolerância fraterna e com o sacrifício deles mesmos a governar os impulsos da vida inferior, no trânsito pela Terra, adquirindo a verdadeira luz para a glória real da vida sem fim.
Pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, in Nosso Livro, Lição n.º 06.

César Lombroso 

Vergonha de ser honesto

O brasileiro Rui Barbosa, grande jurista e diplomata, notável escritor, além de extraordinário orador, deixou um escrito que nos faz refletir sobre a atual situação da nossa sociedade.

Escreveu ele:

De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto...

A indignação de Rui Barbosa, ainda que tenha sido há muito tempo, faz sentido e é digna de nossas reflexões.

Pessoas que se deixam levar pela opinião da maioria, facilmente se enredam na desonestidade com a justificativa de que todo mundo faz.

Esse é um lamentável equívoco, fácil de perceber com algumas reflexões.

Considere que você é um Espírito livre e independente, que sobrevive à morte do corpo físico, e que receberá das leis da vida, conforme suas obras.

Considere, ainda, que você chegou ao mundo só, e só retornará, quando chegar a sua hora.

Você, e somente você, responderá por suas ações, ninguém mais.

Mesmo que todo mundo faça, cada um será responsabilizado, individualmente, diante da própria consciência.

Dessa forma, não permita que essa onda de desonestidade e corrupção, que assola grande parte da população, arraste você também para o lodaçal.

Lembre-se de que diante da sua consciência você estará sempre só, sem testemunha de defesa, a não ser seus atos nobres.

Não vale a pena abrir mão do único património que realmente lhe pertence, que é a honradez, por algum dinheiro ou benefício escuso, que terá que deixar na aduana do túmulo.

A dignidade é o património mais valioso que alguém pode ter. Não o desperdice com coisas efémeras que pertencem à Terra.

E o que é mais interessante, é que até as pessoas desonestas preferem contar com pessoas dignas, em quem possam confiar... Estranho paradoxo!

Por mais que se diga que a desonestidade está em alta, temos visto verdadeiros impérios desabando por causa da falta de ética.

Temos visto empresas e instituições de prestígio, bancos sólidos, vindo abaixo por forjar resultados, fraudar documentos, enganar, extorquir...

Empresas que não trabalham com transparência estão perdendo seus investidores, que preferem apostar numa relação de confiança.

Pode-se perceber que no meio económico a confiança ainda é o capital que mais atrai e multiplica o dinheiro.

Ninguém, em sã consciência, investe em instituições ou empresas nas quais não confia.

E é importante lembrar que as empresas são dirigidas por pessoas. E são as pessoas que dão confiabilidade ou não aos negócios.

Portanto, é sempre o indivíduo o portador dos valores morais capazes de gerar confiança, a única base capaz de sustentar tanto os negócios quanto as amizades.

Sem dúvida essas reflexões são oportunas e devem nos fazer pensar a respeito.

Afinal, se a desonestidade se tornar regra geral de conduta, o que será da nossa sociedade?

Portanto, vergonha de ser honesto: jamais!

Pense nisso, e não contribua para turvar o lago da esperança com os detritos da desonestidade.

Redação do Momento Espírita.

César Lombroso nasceu em Verona, no dia 6 de novembro de 1835. Faleceu no dia 19 de outubro de 1909, em Turim. Foi um dos fundadores da corrente positivista do Direito Penal. Suas pesquisas e seus livros, notadamente sobre antropologia criminal, tornaram-no conhecido e respeitado mundialmente. Foram-lhe concedidas inúmeras honrarias. Perquirindo sobre as causas primeiras dos atos delituosos, direcionou a atenção dos estudiosos à pessoa do delinquente, visando precipuamente à humanização das penas. Concebeu a chamada "teoria do criminoso nato", também conhecida como "teoria lombrosiana", ainda hoje estudada nas Faculdades de Direito e de Medicina, na Cadeira de Medicina Legal.

Como os materialistas de sua época, acreditava que a personalidade moral nada mais era que a secreção do cérebro. E, nessa linha de raciocínio, a morte tudo extinguia (mors omnia solvit).

Em 1891, às insistências de um amigo, Lombroso foi assistir a uma experiência com a médium Eusápia Paladino. Observou inúmeros fenômenos de efeitos físicos. Admitiu a realidade dos fenômenos. Todavia, preso às suas convicções materialistas, não podendo admitir pensamento sem cérebro e nem a sobrevivência do espírito após a morte, entendeu que ditos fenômenos eram causados por funções neurofisiológicas da sensitiva.

Em 1902, em outra sessão, Eusápia foi encerrada numa jaula, literalmente amarrada numa cadeira confortável. A jaula foi fechada e envolvida por pesados reposteiros. Alguns fenômenos de efeitos físicos. De repente, Lombroso percebeu que das cortinas emergiu um vulto, que veio deslizando em sua direção. Um arrepio intenso percorre-lhe a epiderme, seus pelos ficam eriçados. Ele reconhece sua mãe. A mãe aproxima-se mais e mais, abraça-o carinhosamente, beija-lhe a face. Ele abraça-a também, sente sua carne, sente seu calor. Embora já um pouco surdo, ouve distintamente ela dizer-lhe em dialeto: "meu filho".

O fenômeno atrai, a doutrina orienta. Lombroso devorou tudo que havia sobre Espiritismo. Tornou-se espírita. Entre outros, escreveu um livro muito sugestivo, traduzido para o português e editado pela FEB sob o título "Hipnotismo e Espiritismo". Nesta obra ele refuta sua teoria do criminoso nato. Nesta obra ele refuta sua teoria do criminoso nato. Não é o tipo físico que determina o tipo psicológico. É exatamente o contrário. O espírito reencarnante é quem, acoplando-se ao óvulo fertilizado, passa a dirigir a multiplicação e a diversificação das células, direcionando-as à constituição dos mais diversos tecidos do corpo, conforme modelo adredemente impresso em seu corpo espiritual. É o que a ciência de vanguarda denomina "MOB - modelo organizador biológico", encarregado da elaboração e da manutenção do corpo físico.

No prefácio da citada obra, Lombroso confessou que seus melhores amigos tentaram demovê-lo da intenção de publicá-la, que certamente viria denegrir sua reputação. Todavia, tendo consagrado sua vida ao desenvolvimento da psiquiatria e da antropologia criminal, entendeu dever coroar sua carreira de lutas pelo progresso das ideias, defendendo a ideia mais contestada e zombada do seu século. Assim, não hesitou em refutar a teoria do criminoso nato e publicou a obra. Efetivamente, a Academia só se reporta à primeira fase da produção científica de Lombroso, fase rica de conteúdo, mas incompleta porque inspirada no modelo materialista. Efetivamente, a ciência oficial resolveu esquecer Lombroso como espírita e grande inovador na relação "crime e castigo".

Dia virá, e não está longe, que se cuidará mais da prevenção que da repressão da criminalidade; em que a pena perderá cada vez mais a característica de vindicta para se transubstanciar no instrumento maior de reabilitação do delinquente à vida social; em que, na aplicação e dosagem da pena, se analisará não apenas os motivos que levaram o delinquente ao ato tipificado como crime, mas também se questionará a responsabilidade moral do agente; em que os governantes compreenderão que vieram para servir, não para serem servidos (João, 13:12, 21:!% a 17); em que os motivadores de opinião resolverem implantar o reino de Deus já no plano material, conforme promessa foi lembrada por Jesus no Sermão da Montanha, quando asseverou que os "mansos herdarão a Terra". Nesse dia, Lombroso será reconhecido como um dos grandes difusores da nova era.


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